quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Grotesco na mídia

Grotesco, segundo Muniz Sodré, é a distorção que produz uma risada, mesmo que uma risada nervosa e crítica. Já de acordo com o dicionário Aurélio, é o que suscita riso, menosprezo.

Com sua reputação assegurada na história, o grotesco existe em maior proporção nas mídias, principalmente na televisão.

Através de programas que fazem rir do terrível e de escândalos que são transformadas em zombarias, o grotesco procura prender o telespectador fazendo com que ele se identifique com o que está vendo. Um exemplo são os programas de auditório, tais como Programa da Márcia, Casos de Família e etc. Tendo como temática o povo, ou seja, pessoas humildes e sua realidade, seus problemas e a busca pela solução dos mesmos, esses programas, na corrida pela audiência, extinguem cada vez mais a ética e o respeito, tudo para, em troca, proporcionar emoções baratas.

Pânico na TV e Brothers são outros exemplos a não serem seguidos. Mulheres quase nuas e brincadeiras, que para quem tem um pingo de caráter são um absurdo. Piada com a morte de um grande artista e zombarias do gênero fomentam aquilo que está em questão, o grotesco. Mas vejam bem, não estou dizendo que não assisto muitos desses programas. Pelo contrário, como qualquer um, me identifico com muito do que é transmitido e, como já foi falado, essa é a missão, bem cumprida, desses programas que, na verdade, não acrescentam nada àqueles que assistem.

Camila Hundertmarck

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